Domingo, 30 de Maio de 2010

DIÁRIO

Monte do Carrascal, Alentejo, 30 de Maio de 2010 – Voltou o tempo quente e com ele os banhos de piscina a 26º C. Nas leituras, estou agora com Noah Gordon e o seu O Físico, de que estou a gostar. Os trabalhos agrícolas de hoje passaram por atomizar as árvores do pomar com insecticida e, desbastar as vinhas de folhas e troncos que a Natureza lá pôs, mas que parecem não fazer falta aos homens que as cultivam, pelo menos foi o que me ensinaram os anciãos que, as cultivam há sete, oito, dezenas de anos.

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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

POESIA DE JOSÉ LANÇA-COELHO

SE AS FLORES TAMBÉM MORREM…

 

Olhando o jardim fico surpreendido,

De não ver abertas as flores que

ainda ontem, de corpo inteiro,

Aquelas brancas com uma larga corola,

iluminavam de alegria este canteiro.

 

Quem conhece a mágica vida das flores,

Diz-me que o tempo delas já passou,

Que são caducas como os humanos,

Tendo um prazo de vida que se esfumou.

 

Porém, essa caducidade

é apenas um estado,

dentro da perenidade,

a que fui votado.

 

E eu que quando penso na morte,

Só me lembro das pessoas que amo

Sou obrigado a interiorizar que,

Se as flores também morrem…,

Como tudo o que é natural,

Por que não hão-de morrer os humanos?

 

Monte do Carrascal, Alentejo, 25 de Maio de 2010

 

 

 

 

 

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Segunda-feira, 24 de Maio de 2010

DIÁRIO

Monte do Carrascal, Alentejo, 24 de Maio de 2010 – Hoje o tempo esfriou e a temperatura da água da piscina desceu para 24ºC. O corte da relva de ontem, deixou-me todo dorido, por isso dormi até perto do meio-dia. Seguiu-se a leitura do livro Mataram o Sidónio!, de Moita Flores, que está cada vez mais interessante, pela temática que aborda: ciência versus fé, com uma enorme gama de homens da época (1918): Francisco Gentil, Egas Moniz, Sousa Martins, Ricardo Jorge, Curry Cabral, Magalhães Lima, etc., etc., ou uma bibliografia especializada em assuntos de ciência policial. Após o almoço, nova sessão de leitura, complementada com uma boa sesta, coisa que me acontece cada vez com mais frequência. A tarde terminou com uma lavagem do carro. À noite, visita ao meu mail para responder ao correio virtual, ao blog para actualização e, finalmente, a Os Maias de Eça de Queirós.

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Domingo, 23 de Maio de 2010

DIÁRIO

Monte do Carrascal, Alentejo, 23 de Maio de 2010 – Apesar do dia estar quente, o vento desagradável não me deixou entrar na piscina, embora o termómetro mergulhado na água, continuasse a marcar 27º C. A manhã foi dedicada à leitura do livro de Moita Flores, Mataram o Sidónio, de quem desconhecia ser, doutorado e lente em cálculo infinitesimal na Universidade de Coimbra. O militar de tendências germanófilas era o ‘ai Jesus’ das mulheres lisboetas. A tarde foi dedicada a cortar relva. Depois de jantar, voltei a Os Maias de Eça de Queirós.

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Sábado, 22 de Maio de 2010

DIÁRIO

Monte do Carrascal, Alentejo, 22 de Maio de 2010 – A água da piscina continua fabulosa, a 27º C. Hoje foram três banhos, dois por volta da uma da tarde e o último cerca das 20 h, depois dos trabalhos agrícolas, que, consistiram em abrir caldeiras, ao redor dos troncos das árvores de fruto e de algumas videiras. Durante o dia só houve tempo para ler um artigo sobre Fernando Pessoa e o seu «Livro do Desassossego» no ‘JL’. O serão foi dedicado ao estudo que faço sobre a obra de Eça de Queirós, continuando a ler e a sublinhar o seu livro "Os Maias".
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Sexta-feira, 21 de Maio de 2010

DIÁRIO

Monte do Carrascal, Alentejo, 21 de Maio de 2010 – Mais uma sessão de Literatura na Escola C+S Conde de Oeiras. Depois, um leve almoço e a fuga para o Alentejo, com o objectivo de tomar o primeiro banho de piscina da época. A água estava a 27º C. Um caldo autêntico. Além de límpida e transparente. Curioso é notar que, a temperatura da água da mangueira, que me serviu de duche após o banho de piscina, era muito mais baixa. Após os dois banhos, sessão de leitura que não durou mais de cinco minutos, pois caí num sono profundo. Quando acordei, retomei a leitura do livro de Moita Flores, Mataram o Sidónio. As notícias do Telejornal da SIC eram todas desinteressantes, como aliás o que se passa no nosso país, sobrecarregado de impostos. Ouço o telejornal da referida estação, porque penso que é, de momento, o mais independente do poder político, pois sendo a RTP 1 controlada pelo Governo, e a TVI estando no centro de uma polémica sobre apropriação da informação, nenhum deles me oferece condições de informação livre e independente. Estamos assim, trinta e seis anos depois do 25 de Abril de 1974.

 

 

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Quinta-feira, 20 de Maio de 2010

POESIAS DE JOSÉ LANÇA-COELHO

MINHA AMADA NATUREZA

 

O que me fascina

nestes banhos de natureza,

que tomo aqui no Alentejo,

é a ordem natural com

que as coisas são feitas.

 

O feno já está suficientemente

alto, para ser cortado,

só que antes dele, há ainda

tanta coisa para fazer,

como apanhar as batatas,

matar o porco,

sulfatar a vinha,

plantar o arroz.

 

A burra que espere,

que vá comendo a erva

do chão do caminho,

até que as refeições de feno

se possam servir nesta ordem mágica

que tem a minha amada natureza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ADIVINHA COLORIDA

 

 

Qual é coisa,

Qual é ela,

Que é,

Roxo, violeta,

Amarelo, verde,

Branco, azul,

Não é o arco-íris,

Nem uma tela de linho,

Nem a paleta de um pintor,

Nem um livro para pintar,

Ondula como o mar,

Mas não tem água,

Abana com o vento,

Mas não é canavial,

Não é manta de retalhos,

Mas proporciona o melhor sono?

 

É a planície alentejana,

Abençoada pela natureza,

Num dia de Primavera,

Com flores a despontarem

Por tudo o que é lugar.

publicado por cempalavras às 22:54
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DIÁRIO

20 DE MAIO DE 2010 - PASSEI A MANHÃ NA ESCOLA CONDE DE OEIRAS, ONDE FALEI DOS MEUS LIVROS, A DUAS TURMAS DO 5º ANO. NO FINAL, FUI ENTREVISTADO PARA O JORNAL DA ESCOLA, PELA SOFIA DO 5º ANO E O MARTINHO DO 6º ANO. AMBOS, JÁ CONHECIAM A MINHA OBRA, TENDO LIDO ALGUNS LIVROS MEUS COMO, 'O CASO DO POETA DOS MIL NOMES' E 'O CASO DO SKATE CHAMADO MARTIM'.

DE TARDE, NO OEIRASSHOPING, DENTRO DE UMA LOJA, ONDE ME DESLOQUEI PARA COMPRAR UMA TSHIRT, FUI RECONHECIDO PELA EMPREGADA, UMA SIMPÁTICA TIMORENSE, QUE ME PERGUNTOU SE EU NÃO DERA AULAS NA ESCOLA C+S DE CAXIAS. RESPONDI-LHE AFIRMATIVAMENTE, MAS COMO FOI HÁ 20 ANOS, JÁ NÃO ME RECORDO DELA. COMPREI MAIS UM LIVRO, PARA JUNTAR AOS 2.500, DA MINHA AMADA BIBLIOTECA. O LIVRO EM QUESTÃO CHAMA-SE 'MATARAM O SIDÓNIO' E É DA AUTORIA DE FRANCISCO MOITA FLORES. JÁ O COMECEI A LER E ESTOU A GOSTAR. EM MATÉRIA DE LIVROS, HOJE ACABEI DE LER UMA BIOGRAFIA DO PENÚLTIMO REI DE PORTUGAL, INTITULADO 'D. CARLOS' DA AUTORIA DE TERESA MARIA SOUSA NEVES, DE QUE GOSTEI, PARTICULARMENTE, PELA ABORDAGEM DE TEMAS HISTÓRICOS RELACIONADOS COM ESTE REINADO. CONTINUO A RELER 'OS MAIAS' DO MEU AMADO EÇA DE QUEIRÓS, E UM LIVRO DE POESIA DE JOSÉ GOMES FERREIRA INTITULADO 'POESIA - II'.

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Quarta-feira, 19 de Maio de 2010

HISTÓRIA DA CULTURA PORTUGUESA

 DA MEMÓRIA…JOSÉ LANÇA-COELHO

 

VOLTAIRE: TRÊS RELAÇÕES POUCO CONHECIDAS

 

         A historiadora Suzanne Chantal no seu livro A Vida em Portugal no Tempo do Terramoto informa-nos que Voltaire (Paris, 21.11.1694-ibid. 30.5.1778) era muito conhecido em Portugal, como por exemplo, quando afirma: «Em Valença do Minho lia-se Voltaire, Hobbes, Rousseau (…)» (1), ou ainda, de um modo mais lato, «[Em Portugal] As pessoas blasonavam de lerem Voltaire, de citarem Rousseau.» (2). Assim, gostaríamos de citar dois factos pouco conhecidos, que envolvem o nome de três mulheres, duas portuguesas e uma francesa.

 

         Comecemos por Cecília Rosa de Aguiar, considerada a maior actriz portuguesa do séc. XVIII. Nascida na freguesia de Nª Sra. da Anunciada, em Setúbal, a 23 de Agosto de 1746, estrear-se ia no palco do famoso teatro do Bairro Ato, em Lisboa, com a tragédia de Nicolau Luz, intitulada Inês de Castro.

 

         É curioso assinalar que, Cecília pertencia a uma família de artistas, de onde se destacam as suas irmãs, Isabel Efigénia de Aguiar, também actriz, e a célebre cantora lírica, Luísa Todi (Setúbal 9.1.1753 – Lisboa 1.10.1833), conhecida nos grandes palcos europeus.

 

         A relação de Cecília Rosa de Aguiar com Voltaire, provém do facto de, serem duas peças deste último – Alzira e Zaira -, que a consagraram como a maior actriz portuguesa do séc. XVIII. Se esta relação tem grande curiosidade, sobretudo para o intercâmbio entre as culturas portuguesa e francesa no séc. XVIII, pensamos que a próxima é também interessante, não só atendendo aos mesmos parâmetros, mas, sobretudo, para reconhecer a influência da epistolografia portuguesa na literatura europeia dos séculos XVII e XVIII.

 

         Falemos, então, da segunda personagem feminina que nos propomos abordar, de seu nome Mlle. Aissé (Circassia 1694 – Paris 1773), que se encontra ligada à literatura pela sua vertente de epistológrafa.

 

         Não existe grande certeza quanto à data do seu nascimento, que parece ter ocorrido no ano de 1694, na Circassia. Filha de um chefe circassiano (povo caucásico que vive no noroeste do Cáucaso, junto do mar Negro e no norte da Turquia), a sua existência foi verdadeiramente rocambolesca a partir dos quatro anos, idade com que foi raptada por bandoleiros turcos que saquearam a casa dos seus pais. Em seguida vamos encontrar o seu paradeiro em Constantinopla, onde foi comprada pelo conde de Ferriol, na altura, embaixador francês naquela cidade, que a enviou para Paris, onde iniciou a sua educação, entregando-a aos cuidados da sua cunhada.

 

         Anos mais tarde, destacar-se-à na corte francesa, pelos seus inúmeros atributos, de que se destacam, a beleza e a educação. Seriam, aliás, estes atributos que despertariam as atenções amorosas do regente, Filipe, duque de Orleans, às quais resistiu, dando provas de fidelidade pelo Chevalier d’Aydie, com quem se envolvera e de quem chegou a ter uma filha. É neste momento que se torna possível formular uma relação entre Mlle. Aissé e Voltaire, já que seria o grande pensador francês, em 1787, o primeiro editor das cartas incendiadas de paixão, que a referida cortesã trocou com o seu amante e com uma amiga confidente, de nome Mme. Calandrini.

 

         Para além da relação estabelecida com Voltaire, estas cartas servirão para introduzir a terceira mulher que falámos no início destas linhas. As referidas cartas conheceram uma segunda edição, em 1846, da autoria de J.J. Ravenel, acompanhada de uma notícia de Sainte-Beuve (Boulogne-sur-Mer 23.12.1804-Paris 13.10.1869). Finalmente, em 1873, Eugéne Asse (Paris 1830-ibidem 1901), publicou em Paris, as cartas de Mlle. Aissé conjuntamente com as da célebre Soror Mariana Alcoforado(1640-1723), intitulando-se a obra Lettres du XVII et du XVIII siécle. Lettres Portugaises avec les reponses. Lettres de Mlle Aissé, suivies, etc. (Cartas dos sécs. XVII e XVIII. Cartas Portuguesas com as respostas. Cartas de Mlle. Aissé, seguidas, etc.).

 

         Como é do conhecimento geral, Soror Mariana Alcoforado era uma freira portuguesa do convento da Conceição de Beja. Ignoram-se as razões objectivas que ligam o seu nome à obra do autor Lavergne de Guilheragues (Bordéus ?-Constantinopla 1864)que, no ano de 1669, procedeu à publicação da obra Lettres Portugaises (Cartas Portuguesas), como se se tratasse de uma tradução de cinco cartas originais portuguesas escritas pela referida freira, pelo que esta se tornou universalmente um símbolo literário do amor-paixão.

 

         Voltando mais propriamente ao título da última edição referida, este mostra a importância decisiva que as cartas portuguesas tiveram na literatura epistolográfica dos sécs. XVII e XVIII. Por outro lado, - e era este o ponto que desejávamos acentuar -, só foi possível unir as cartas de Mlle Aissé e as atribuídas a Mariana Alcoforado, graças à edição das primeiras efectuada por Voltaire.

 

Notas:

(1)     CHANTAL, Suzanne, A Vida Quotidiana em Portugal no Tempo do Terramoto, ed. Livros do Brasil, col. A Vida Quotidiana, nº 23, Lisboa, s/d, p. 72.

(2)     Idem, id., pp. 196-7.

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RECENSÕES DE LIVROS

RECENSÃO CRÍTICA DO LIVRO D. AMÉLIA,

 

DE ISABEL STILWELL

 

 

* JOSÉ LANÇA-COELHO

 

         Em D. Amélia, Isabel Stilwell (IS) continua com assinalável êxito o seu passeio pelo romance histórico, iniciado com Filipa de Lencastre, e continuado com Catarina de Bragança.

        

Como nos livros anteriores, também em D. Amélia, a autora socorre-se de vasta bibliografia, documentação fidedigna incluída (cartas e diários) da biografada, inventando aqui e ali uma missiva e/ou uma reflexão que, fundamentam melhor, os pontos de vista sobre determinados assuntos que, sendo próprios da rainha tratada, IS pretende sobrevalorizar.

        

Embora IS tenha dividido a presente obra em três partes, a inicial que vai desde a p.15 à 182, a segunda compreendida entre a p.183 e a 524, e a terceira entre a p.525 e a 542, parece-nos mais coerente à economia do livro que, este, seja dividido em três partes, mas, que a primeira se estenda da p.13 à 142, que marca o final do cap.26 e que é exclusivamente dedicada à adolescência de D. Amélia; a segunda se inicie na p. 143, uma vez que é a partir daí, que IS marca o percurso de Amélia para o casamento com o príncipe D.Carlos, o que a tornará, sucessivamente, duquesa de Bragança e rainha de Portugal, até à p.524. (Nota-se em todo livro, mas, talvez mais nesta segunda parte, um discurso profundamente feminino, mas não feminista, que, escrito por uma mulher, estatui-se como uma marca indelével de feminilidade, como se nota, entre muitos exemplos no  1º § da p.148, quando IS atribui a Amélia, uma reflexão de cariz sexual –

 

“Coisa estranha esta, (…) de não deixarem que um homem e uma mulher fiquem sozinhos, (…) quando se espera que (…) dividam a mesma cama e partilhem os corpos, na mais profunda das intimidades.”);

 

e, a última que, abarca da p.525 até 542, período em que a biografada faz a apologia da Ditadura e de Salazar, se desloca ao nosso país a convite deste (1945) e, também, convencida por este último, deixa todos os bens portugueses ao afilhado Duarte Pio.

        

No final do livro é apresentada uma Dramatis Personae, constituída por uma vasta panóplia de personalidades que, se surgissem em nota de rodapé, no momento em que são referidas, simplificariam a compreensão do leitor.

 

Classificação 10

PRÓS– Cuidada e concisa informação histórica ; CONTRAS– Não tem.

publicado por cempalavras às 22:50
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