DA MEMÓRIA… JOSÉ LANÇA-COELHO
KEPLER NASCEU HÁ 440 ANOS
KEPLER, nasceu em Weil der Stadt, a 27 de Dezembro de 1571, fazem 440 anos em 2011, e faleceu em Ratisbona, a 15 de Novembro de 1630.
Foi uma das figura-chave da revolução científica do séc. XVII.
É mais conhecido por formular as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas por Leis de Kepler, as quais também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton (1643-1727).
Kepler também fez um trabalho fundamental no campo da óptica, inventando uma versão melhorada do telescópio refractor, que ajudou a legitimar as descobertas astronómicas do seu contemporâneo Galileu Galilei (1564-1642), perseguido pela tenebrosa Inquisição eclesiástica.
O opúsculo que remonta ao período de Praga do cientista, está agora à venda à entrada do Museu Kepler de Regensburg, instalado na casa onde Kepler morreu, em 1630, e que conserva, entre os seus instrumentos e os aparelhos que construía para as suas experiências, também o tonel, ternamente amado, com o contador que o cientista inventara para calcular exactamente a qualquer momento quanto vinho tinha ele dentro.
Sir Henry Worton escrevia em 1620 a Bacon (1561-1626), ter visto em Linz, no gabinete de Kepler, um quadro da autoria deste último, um panorama paisagístico, e acrescenta que Kepler lhe dissera:
«Eu pinto as paisagens como matemático.»
DA MEMÓRIA… JOSÉ LANÇA-COELHO
A LITERATURA PORTUGUESA HÁ 50 ANOS
Em 1961, os livros que se publicaram dentro dos diversos géneros literários foram os seguintes:
ROMANCE:
*Agustina Bessa-Luís – O Manto; Alves Redol – Barranco de Cegos; Fernando Namora – Domingo à Tarde; Luís de Sttau Monteiro – Angústia para o Jantar; Soeiro Pereira Gomes – Engrenagem (edição póstuma); Tomaz de Figueiredo, A Gata Borralheira.
POESIA:
Alberto Lacerda – Palácio; António Gedeão – Máquina de Fogo; Daniel Filipe – A Invenção do Amor e outros poemas; Eugénio de Andrade – Mar de Setembro; *Herberto Helder – A Colher na Boca e Poemacto; Jorge de Sena – Poesia – I; José Gomes Ferreira – Poesia – III; José Régio – Filho do Homem; Mário Cesariny de Vasconcelos – Planisfério e Outros Poemas; Poesia 61 (*Casimiro de Brito, Fiama H.P. Brandão, *Gastão Cruz, Luiza Neto Jorge, *Maria Teresa Horta); Ruy Belo, Aquele Grande Rio Eufrates; Vitorino Nemésio – Poesia (1935-40).
ENSAIO:
Jacinto do Prado Coelho – Problemática da História Literária; João Gaspar Simões – Crítica II, 1º vol.; Jorge Dias – Ensaios Etnológicos; Jorge de Sena – O Poeta é um Fingidor; e, O Reino da Estupidez;
CONTO:
José Gomes Ferreira – O Mundo dos Outros;
TEATRO:
Luís de Sttau Monteiro – Felizmente Há Luar;
REVISTAS:
Jornal de Artes e Letras, com direcção de Azevedo Martins.
Realce-se que, de todos os autores citados, apenas cinco estão vivos, assinalados com asterisco (*). A maioria deles já faleceram, embora todos, incluindo os desaparecidos, tenham deixado os seus nomes escritos a letras de ouro na História da Literatura Portuguesa, nos diversos géneros literários que cultivaram.